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Realidade?

Por:Davi Galdino e Ana Carolina

Até que ponto podemos distinguir a realidade da tecnologia? Ela é tão poderosa a ponto de nos deixar confusos?

PLAYTEST – Black Mirror

Black Mirror

Cooper, um viajante americano que se inscreve para testar um novo sistema de “jogo” revolucionário para conseguir dinheiro após ter problemas em sua conta do banco, no qual esse novo “jogo” leva a imersão do jogador para outro nível, um chip é implantado que faz conexões diretas com o cérebro. O computador utiliza as lembranças e medos de Cooper e cria situações de medo e terror adaptadas para sua mente, onde a cada interação, o chip adentra mais fundo no cérebro do personagem, transformando a experiência do protagonista em um verdadeiro “pesadelo”.

“Ah, isso está muito longe da nossa realidade” Será mesmo?

É a foto de uma pessoa, correto?

Não! Esse é um rosto gerado por uma IA essa pessoa não existe, o site https://thispersondoesnotexist.com mostra a cada clique um rosto completamente digital. Às vezes são acometidos de falhas, mas não dá pra negar uma grande taxa de acerto.

Realidade Aumentada vs Realidade virtual

A realidade virtual cria do zero uma situação, um ambiente completamente digital sendo possível viajar para outras dimensões, por outro lado a realidade aumentada adequa a realidade física com componentes visuais que vão ser anexados ao ambiente.

Por exemplo, quando você usa o google para ver um animal ou até mesmo um jogo para capturar um pokémon, você está utilizando a tecnologia de realidade aumentada.

Mas quando você está usando um óculos de realidade virtual já se trata de realidade aumentada, e isso não se restringe apenas ao mundo dos jogos mas também se estende sobre aulas e formas de lidar com o luto

Mas não parece tão real assim pra gente se assustar, né?

Por fim, podemos concluir que a atual tecnologia dificilmente nos confundiria, pois se torna bastante diferenciável , mas em um futuro, com o evoluir da sociedade e seus recursos, pode-se tornar perigoso, como vemos em PLAYTEST, onde a realidade moldada levou o personagem à loucura, devido a impossibilidade e incapacidade de definir real ou virtual.

Tecnologia e cérebro humano

Com base no episódio relatado de Black Mirror, percebe-se que a junção da Tecnologia e o cérebro humano é extremamente poderoso, pois podemos desbloquear e acessar áreas inexploradas de nosso cérebro, tornando algo muito positivo, potencializando nossos sistemas neurais, mas também pode ser uma arma perigosa em mãos erradas, continuando na linha do episódio, vemos que a tecnologia acessou e se enraizou em locais tão profundos do cérebro, revelando diversas memórias “escondidas” e mostrando seus maiores segredos e usando deles contra a própria pessoa. Com base no que foi dito, se torna necessário impor limites dessa interação cérebro com a tecnologia, para que não crie mais problemas na sociedade.

Fuga da realidade

Outro elemento presente quando falamos de virtualização de alguns processos é a fuga da realidade para o mundo virtual, sabemos que a nossa realidade tende a ser decepcionante e frustrante em diversos aspectos e momentos, por esse e vários motivos, as pessoas buscam a realidade virtual, que é um ambiente totalmente gerado por algoritmos e com isso podemos “definir” oque acontecerá com esse ambiente e como ele será de acordo com nossas preferências, e isso se torna um atrativo enorme para qualquer indivíduo, quem não gosta de ter tudo no seu controle? Pois bem, a tecnologia oferece tudo isso e oferecerá isso com mais força conforme a sua evolução, afetando toda uma sociedade e desenvolvendo diversas complicações mentais e sociais, então concluímos que deve-se existir programas auxiliares e educacionais, com o intuito de guiar toda a sociedade e inseri-la de forma saudável nesse novo mundo.

Capitalismo

Sabe-se que a tecnologia é um dos maiores feitos do ser humano, com ela obtivemos grandes conquistas e avanços em todas as áreas como saúde, comércio e social, mas diante de tantos benefícios, temos que ter cuidado com o que a tecnologia pode fazer em mãos erradas, como vimos nos tópicos anteriores, há sempre um lado ruim de todo o assunto, e claro o capitalismo está atrás disso, como vemos no episódio em questão, como se trata de uma pesquisa, a empresa não nega esforços para obter resultados em seu próprio benefício, até mesmo tratar vidas humanas como algo facilmente descartável e substituível e isso claramente retrata o mundo atual, no qual lucros importam mais que vidas humanas, pegamos de exemplo a criação do metaverso, um ambiente virtualizado, no qual tinha o objetivo de “socialização” de diversas pessoas ao redor do mundo, mas hoje, com o seu total fracasso, sabemos que esse é apenas um motivo “falso” para que a empresa obtivesse grandes margens de lucro, vendendo terrenos na faixa de milhões. Com isso percebemos que não importe qual área seja, o capitalismo falha e falhará em cada vertente em que colocar os seus tentáculos.

Conclusão

Por fim, conclui-se que a tecnologia é acompanhada fortemente da dualidade, onde podemos ter coisas extremamente benéficas e evolutivas no quesito de sociedade, como reviver momentos específicos, aproximar pessoas, contribuir para a educação e a saúde, mas também temos o outro lado da moeda, na qual a tecnologia em mão maléficas, pode se tornar uma arma, influenciando em opiniões, criando pessoas despreparadas para uma realidade e até mesmo como forma de produto para grandes empresas obterem lucro, por isso deve-se ter cuidado quando se trata de uma tecnologia que está em extrema ascensão.

QUEM PODE ME DIZER QUANTO TEMPO EU TENHO?

Por Mário Filipe.

Quando eu vi o tema fiquei refletindo um bom tempo antes de começar a escrever. E nesse tempo fiquei pensando no que faço hoje, e se teria alguma coisa que eu tivesse necessidade de fazer dentro desse 1 ano, caso ficasse sabendo que só me resta um mero ano de vida. Então percebi que estou na minha melhor fase, fazendo tudo que eu quero, rodeado de amizades “sinceras”, mas como o texto não é como estou e sim sobre o que eu faria se tivesse apenas 1 ano de vida, vamos lá.

Eu não seria hipócrita de falar que não iria querer fazer tudo que sempre quis. De querer viajar o mundo, de ir em varias festas, de querer beber todo tipo de bebida, de querer fazer muito sexo nesse tempo. Porém isso não seria um pouco irônico? Esperar tá quase morrendo para fazer tudo que sempre quis em um curto espaço de tempo, não seria melhor fazer isso durante sua vida toda, e não só quando está prestes a morrer?

Eu não acredito que seria possível gozar desse ano plenamente, fazendo tudo que eu sempre quis, sabendo que iria morrer depois daquilo tudo que vivi. Creio que ninguém sabendo que vai morrer consegue ficar alegre, ou até pode, porém não seria aquela plena alegria.

Ainda mais se a doença que eu tiver me deixar em uma cama, imagina preso em uma cama sem conseguir fazer nada por um longo ano, dependendo de outras pessoas para fazer tudo. Além de não conseguir fazer nada no meu último ano de vida, seria infeliz.

Escrevendo esse texto, eu percebi que não quero esperar ter uma doença terminal para viver meu último ano, pois prefiro viver cada ano como se fosse meu último, viver cada momento intensamente, pois creio que médico nenhum pode me dizer quanto tempo de vida tenho, a não ser eu mesmo.

Liberdade ou Utopia ?

Liberdade ? 

Ah, liberdade… Um simples substantivo, mas que aflige o ser humano desde os primórdios de sua história. O que é ela? Um conceito abstrato? O ápice da existência? Ou só algo ao qual buscamos sem saber exatamente o que é? 

 

De acordo com os conceitos mais conhecidos, liberdade é agir de acordo com a própria vontade, sem interferência de terceiros e sem prejudicá-los. Porém a liberdade se contradiz em seu próprio conceito, uma vez que alguém que queira matar o próximo tem sua liberdade ferida por não poder matá-lo, já que isso prejudicaria tal pessoa. 

Penso que a liberdade é uma utopia, ou até uma distopia. Utopia por parecer impossível alguém ser plenamente livre, já que absolutamente tudo o que nos cerca interfere sobre nossas decisões, ferindo diretamente o princípio de agir de acordo com a própria vontade, e consequentemente nos impedindo de ser livres. Fatores como cultura, religião, período histórico, família, mídia, ideologias e até o próprio Estado, que é responsável por zelar pela liberdade de cada um, interferem direta ou indiretamente em nossas ações. Distopia pelo simples fato de que se cada um fizesse oque bem entendesse, a sociedade entraria em caos total, e finalmente a liberdade coletiva seria vetada, pois o egoísmo e as guerras trariam destruição. 

De acordo com os filósofos contratualistas, o ser humano nasce naturalmente livre, mas o ambiente no qual vive faz com que ele tenha sua liberdade colocada em xeque a todo momento. Por isso o homem abriria mão de parte de sua liberdade para ser submisso a uma conduta social que faria com que todos vivessem em harmonia e teriam sua liberdade resguardada. Mas porque o ser humano abriu mão de algo que ele vive em busca desde que tomou consciência de si? A resposta mais plausível é que ele não queria se tornar escravo de sua própria vontade, pois a partir do momento que você carrega a bagagem de ser livre, você também tem que assumir as consequências de seus atos. Dessa forma é mais fácil ser escravo de leis, que pelo menos irão “proteger” seu direito de decisão e punir quem o prejudicar de alguma forma; do que viver com o “peso” de filosofar a cada escolha que precisar ser feita e ponderar cada reação que ela pode desencadear. 

Não se pode negar que a liberdade talvez seja um dos maiores focos de desejo que existem. Isso faz com que ela seja usada como instrumento de chantagem, já que a todo momento temos a liberdade ameaçada pela justiça, através da terrível punição que nos será dada se não 

andarmos nos conformes, que é exatamente a privação da liberdade. As leis são códigos éticos e morais que permeiam a vida social e ditam oque pode ou não ser feito. È de extrema hipocrisia prometer ao povo a liberdade, mas impor limites sobre ela, fazendo ela deixar de ser oque era essencialmente. Para ser livre verdadeiramente, o ser humano tem que poder fazer oque quiser, inclusive ser mal. A maldade é inerente ao ser humano se formos julgar de acordo com os valores atuais. Então o homem deve atender ao desejo entranhado em si, mesmo que infelizmente isso vá prejudicar alguém. 

Me arrisco a dizer que a liberdade é mais importante que a própria vida, pois desde a antiguidade clássica ou até mesmo antes, o maior instrumento de punição é a falta de liberdade. A escravidão, a prisão e tudo que prive o homem de agir minimamente da forma que quiser, é um grande ameaça, causa terror. Seria mais efetivo tirar a vida de um infrator, mas preferem torturá-lo tirando sua liberdade, causando traumas psicológicos neles.

A liberdade traz consigo o fardo da escolha, que infelizmente tem que levar em consideração a ética vigente, e eu particularmente não sou totalmente favorável aos valores éticos. Um livro e um filme me marcaram muito e que são repletos de dilemas éticos são Laranja Mecânica. Livro de Anthony Burgess adaptado por Stanley Kubrick em 1971. Ambos contam a história de um grupo de amigos que saem pela cidade para cometerem vandalismos; estupro; roubo e agressão. Um dia o líder do grupo, Alexander (Alex) é preso, e por ser um adolescente horrivelmente cruel, o governo vê nele uma potencial cobaia para um projeto de reinserção social. O projeto consistia em uma série de situações pela qual o detento teria que passar para “deixar de ser um mal cidadão”, como assistir filmes de guerra e estupro enquanto tem vontade de vomitar e etc. Com isso a cobaia estaria condicionada a não fazer mais tais coisas pois sentiria um desconforto físico muito grande. Alex aceita passar por essas seções de tortura para ter sua pena reduzida e se tornar alguém bom. Mas o cerne da questão é: seria justo praticar engenharia social com um cidadão para que esse deixasse de cometer infrações só pelo medo da dor física? Seria justo fazer uma pessoa deixar de agir conforme sua “natureza” através de algo tão superficial como o medo de ser punida? Ou seria melhor apenas deixar os infratores presos e depois eles serem libertos com a possibilidade de repetir tais atos? 

Trailer da adaptação de Laranja Mecânica.

Esse conflito tem uma dualidade muito difícil de se resolver. Ao aplicar tais métodos de “reabilitação” em Alex, estaríamos ferindo sua liberdade, pois ele é uma pessoa ruim naturalmente, uma vez desde criança ele comete esses tipos de atos sem nenhum motivo “justificável”, só por diversão. A maldade o faz feliz e dá prazer. Uma vez que ele não pudesse mais fazer algo que quer e se sente bem fazendo, a sua liberdade estaria sendo violada. O governo estaria tirando sua liberdade de escolha através da tortura. Alex ainda é uma pessoa ruim, ainda tem os mesmos pensamentos criminosos, mas a dor o obriga a não fazer mais oque gosta. Ele não é mais livre porque agora não tem mais escolhas. Além de tudo, é antiético provocar traumas e condicionar comportamentos nas pessoas, então estaríamos punindo uma pessoa antiética com algo antiético. 

Trecho do filme onde é apresentado o empasse sobre a liberdade de escolha do jovem Alex de forma explícita.

Porém, há algo que nos compactuar com essa experiência aplicada em Alex: a nossa própria liberdade. Quando pensamos que há alguém que pode a qualquer momento nos fazer algo de ruim, queremos que essa ameaça seja liquidada, então de início é automático que queiramos que Alex passe por procedimentos que mesmo que obriguem ele a não agir de certa forma, nos proteja de ter a liberdade violada em algum nível.

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De forma conclusiva, eu deduzo que a tal liberdade pela qual almejamos não existe, pois nem sequer saber exatamente o que ela é. E mesmo que ela seja oque os dicionários dizem, é impossível que ela seja pura, pois não podemos agir sem interferências externas, por mais indiretas que sejam. Então para sabermos oque palavra liberdade é, precisamos vivê-la, e não passar a vida as sendo escravos pela pela sua busca ou refletindo eternamente qual seu verdadeiro significado.

(Autora: Kathlyn Jullie)

“Isso não é um curta feminista” é um manifesto.

Esse foi um curta metragem produzido por mim, Ana Lívia Campos Almeida, aluna do IFG – Campus Anápolis, para o processo de avaliação do segundo bimestre nas matérias de sociologia, filosofia e história do meu terceiro ano no ensino médio.

Como proposta tínhamos que integrar as matérias citadas e desenvolver vídeos dentro do tema: DEMOCRACIA E COTIDIANO. E apesar de muitos problemas técnicos e um orçamento baixíssimo, fiz meu curta metragem. E se me é permitido dizer isso nesse blog, me orgulho da minha produção.

Gostaria de apresentar meus pensamentos/sentimentos aos leitores para que posteriormente entendam minhas escolhas para este filme: sou uma adolescente de 17 anos, mulher, feminista e como uma boa jovem comum faço bastante uso de ironia, palavras vulgares e expresso com intensidade meus sentimentos (normalmente).

Esse filme demonstra um lado muito sincero de mim, como exemplo o próprio nome, que além de uma brincadeira foi inspirado em um artista (René Magritte– “Ceci n’est pas une pipe”_ isso não é um cachimbo.1929) que conheci através de um filme (“A culpa é das estrelas” – tradução de The Fault in Our Stars) direcionado ao público jovem.

Uma amiga havia me sugerido a nomear meu filme de “manifesto feminista” pois ele é basicamente um discurso que contesta vários aspectos da nossa estrutura social em relação aos papéis de gênero e sua construção histórica. São pensamentos, questionamentos, citações e provocações que realmente convivem comigo e fazem parte do meu cotidiano, e acho importante ressaltar que minha simples produção e a ideia de lutar para uma mudança na sociedade são atos democráticos.

No processo de criação eu tinha consciência de que esse filme seria exibido na minha escola para os alunos do terceiro ano do técnico integrado no IFG-Campos Anápolis, e depois disso foi para plataforma do YouTube para que outras pessoas tivessem acesso e agora meu filme será exibido no festival Curta Canedo, não imaginava que meu trabalho de escola pudesse me abrir novos caminhos de forma tão rápida. O que me motiva muito a expressar minha arte para além do ambiente escolar e avaliativo.  

Por fim gostaria de agradecer aos professores apoiadores desse projeto: Jaques (história) e Francine (sociologia), e meu professor de filosofia Eduardo que foi o principal motivador da exposição desses trabalhos à comunidade além de nossas salas de aula. Gostaria de agradecer também aos IF´s de modo geral por possibilitar educação gratuita e de qualidade com a preocupação de formar cidadãos críticos e politizados, nos dando a liberdade necessária para nosso crescimento pessoal.

Falem nos comentários o que acharam do meu primeiríssimo filme, e minhas redes sócias estão disponíveis nos links abaixo. S2.

ANA LÍVIA CAMPOS ALMEIDA.
29/111/2019
FACEBOOK: ANA LIVIA
INSTAGRAM: @analivia4428
IFG- Campos Anápolis: https://www.ifg.edu.br/

Curta Metragem “Até Quando?” Denuncia Relacionamentos Abusivos com Consequências Extremas.

Cena da Agressão da Personagem Laura por Alberto

No primeiro semestre de 2019, foi realizado no IFG – Câmpus Anápolis o projeto integrador multidisciplinar, que uniu as áreas de Filosofia, Sociologia e História para um trabalho envolvendo os 3 terceiros anos do ensino médio – técnico integrado, dos cursos de Química, Edificações e Comércio Exterior.

Foram produzidos 14 curtas-metragens pelos estudantes. Alguns destes filmes estão agora publicados na Internet para tornar acessível a um público mais amplo os belos trabalhos produzidos pelos alunos do Instituto. O projeto foi orientado pelos professores: Eduardo Carli de Moraes, Francine Rebelo e Jacques Elias.

Personagem Laura recebendo ajuda da amiga

Assista abaixo o curta-metragem Até Quando?, produzido pelas alunas Marianne Oliveira, Nicolle Faustino, Mariana Rodrigues, Júlia Cecília e Adriana Lemes, do curso de Edificações lll.

Sinopse: O curta retrata a violência presente nas relações afetivas no ano de 1930, fazendo um paralelo com a atualidade, a partir da representação do abuso sofrido por Laura (interpretada por Júlia Cecília), que estava em um relacionamento secreto com Alberto (interpretado por Paulo Anderson).

Duração de 8 minutos e 41 segundos

O vídeo será apresentado e debatido no Festival de Cinema Curta Canedo, a ser realizado entre 28 e 30 de novembro, na cidade de Senador Canedo – GO.

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