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As diferenças de pensamentos: Idealismo x Materialismo.

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Redação Multimídia ministrada pelo Prof. Eduardo

Anna Luiza de Abreu Dutra

SETEMBRO
2019

“qual é a primeira causa de tudo o que existe, a matéria ou o espírito?”

● Definições:

Idealismo:
É qualquer teoria em que o mundo material, objetivo, exterior só pode ser compreendido plenamente a partir de sua verdade espiritual, mental ou
subjetiva.

Materialismo:
É o tipo de fisicalismo que sustenta que a única coisa da qual se pode afirmar
a existência é a matéria; que, fundamentalmente, todas as coisas são
compostas de matéria e todos os fenômenos são o resultado de interações
materiais; que a matéria é a única substância.

Um amigo olhou desaprovadoramente para a comida de Andrew Pessin, autor de Filosofia em 60 segundos. “O que foi?”, perguntou-lhe. “Está deliciosa!” “Não está, não”, ele respondeu. Pessin não continuou essa discussão porque não havia nada a argumentar quanto a isso…

Por quê não?…não podemos dizer que a percepção de alguém esteja correta e que a do outro não está. As características percebidas aqui são subjetivas: não no objeto, mas na mente do observador. Beleza, como se diz, está no olho do
observador.

A moeda na sua mão parece redonda, mas, de outro ângulo, parecerá oval;
de longe, você a verá como pequena, ao passo que, de perto, parecerá grande.
Em todos esses casos, certa qualidade varia entre os atos de percepção, ao passo
que o objeto em si não mudará: é a mesma moeda seja parecendo redonda ou oval, pequena ou grande.

O materialismo, isto é, a crença de que não há nada fora da natureza que possa ser apreendido pelos sentidos, logo, de que não há Deus nem ideais, entrou em moda pela primeira vez no século XVIII com o Iluminismo francês.
O materialismo afirmava que a base de tudo o que existe é a matéria e procurava
estudá-la profundamente, foi ele um grande auxiliar do desenvolvimento das
ciências, mas desde que via na matéria um elemento imutável, de formas definitivas e eternas, tropeçava forçosamente, com o tal ponto de vista, num entrave á verdadeira concepção da natureza.

Exemplos: Teoria Marxista bem materialista.

CURIOSIDADES

materialistas= empiristas
idealistas= racionalistas
Origem inglesa

Retomando o materialismo, em geral, se contrapõe ao idealismo; não se pode
realmente compreender o materialismo sem conhecer o seu oposto — o idealismo.
Para se responder à pergunta, sobre o que vêm a ser materialismo e idealismo, não colocaremos a questão tão metafisicamente, do seguinte modo: “qual é a primeira causa de tudo o que existe, a matéria ou o espírito?”, se há principio e fim em tudo o que existe. Formularemos a questão um tanto diferentemente. No mundo em existência que concebemos, sentimos primeiramente a nossa própria existência que se compõe em certo sentido de duas partes:


● 1º), vemos a nós mesmos como um corpo: — nosso corpo material;
● 2º), sentimos a nós mesmos como elemento de manifestações internas: —
pensar, sentir, saber. São esses os dois momentos principais que cada “eu”
sente em sua própria existência. Por isso, ao construirmos uma escola
filosófica, temos diante de nós dois caminhos a seguir:
● 1º), a escola materialista afirmando que em todo o existente está a matéria, o
corpo; que tudo na natureza é objeto da percepção dos nossos sentidos e
que o pensamento humano é o resultado da matéria — o pensar é atributo da
matéria, como todos os outros, ou
● 2º), a escola idealista que diz sentirmos primeiramente a existência das
nossas emoções, dos nossos pensamentos e que o corpo, — a matéria
existe tão somente porque o “eu”, o nosso pensamento concebe. A pedra,
por exemplo, que não se concebe a si própria, não tem existência
Percebemos um fenômeno com os nossos órgãos, vemo-lo com os nossos
olhos, mas o ato em si de ver, o fato como tal, não é material, não pode ser
visto nem tocado. Esta escola toma por isto como base o espírito, o
pensamento. A matéria é por ela tomada como um acidente ou como
corporificação do espírito.

A que pode conduzir e a que nos levaram o materialismo e o idealismo em seu
desenvolvimento histórico?
Desde que verificamos ser o corpo, a matéria, o objetivo, o que realmente existe,
devemos estudá-lo antes de tudo, conhecer suas prioridades e só assim é que
poderemos conhecer o mundo. O materialismo tornou-se assim um propulsor do desenvolvimento das ciências, graças ao fato de construir as suas concepções
sobre a matéria.

Os idealistas, ao contrario, diziam que se devia antes de tudo investigar as
manifestações internas, — o espírito, o fator básico de tudo o que existe; que se
pode apresentar até sob a forma de matéria. Mas o espírito é algo que não se pode apreender, que não se pode investigar. O espírito, como tal, não pode estar sujeito a força alguma, e, pelo seu conteúdo, só pode ser explicado espiritualmente ou divinamente. O desenvolvimento histórico dessas duas doutrinas deu-se de tal forma, que o materialismo cresceu e se desenvolveu ao lado da ciência, ao passo que o idealismo achava-se quase sempre ligado á religião, ou se entretinha com a metafísica especulativa, divagando sempre nas esferas da metafísica e da teologia.

Fontes para realização do trabalho:

https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2014/07/12/idealismo-x-materialismo/

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32831999000100017

A busca por um pensamento racional: idealismo x materialismo

Sócrates é considerado o patrono da Filosofia, por isso seu nome é um marco que divide a filosofia grega entre os períodos pré-socrático e socrático. No período pré-socrático, entretanto, encontra-se uma vasta e importante produção filosófica que remete aos primórdios da Filosofia, ao início de uma busca por um pensamento racional que não aceitasse as explicações fantasiosas oferecidas pelas mitologias como verdades inquestionáveis.

Nesse período, os primeiros filósofos ocidentais buscaram observar a natureza para entender como ela funciona e, assim, atribuir uma causa como origem primeira de todo o universo (cosmos em grego). Isso deu origem à cosmologia, que é uma tentativa de compreender a origem de tudo a partir da observação, da argumentação e do raciocínio lógico, deixando de lado explicações mirabolantes como as que eram fornecidas pela mitologia grega.

Todos os filósofos desse período tentaram, de algum modo, atribuir uma origem ao universo, utilizando-se de argumentações. Alguns apontaram os elementos materiais e naturais como a origem de tudo; outros citaram elementos imateriais, e alguns, ainda, disseram que a origem se encontrava em um misto de elementos infinitos e indeterminados.

Como a Grécia antiga não era um único Estado soberano fundado sobre um mesmo território, mas um misto de cidades-estados (polis) diferentes e autônomas que se situavam em regiões próximas, porém separadas, as comunidades fundadas nessas cidades eram diferentes. Com essa diferença, houve também uma modificação das maneiras de pensar daquele povo: havia um esforço comum para buscar algo novo – o pensamento racional –, mas cada um fez isso à sua maneira.

Por esse motivo, surgiram na Grécia pré-socrática diferentes escolas de pensamento racional que propunham resolver o mesmo problema – qual a origem racional do universo –, de maneiras diferentes.

O idealismo é uma corrente filosófica que defende a existência de uma só razão, a subjetiva. Por essa abordagem, a razão subjetiva é válida para todo ser humano, em qualquer espaço temporal ou físico. A partir do pensamento idealista, a realidade se resume ao que é conhecido por meio de ideias. Há, ainda, diferença entre a realidade e o conhecimento que temos sobre ela. Ou seja, só podemos dizer que a realidade é racional para nós a partir de nossas ideias.

O pensamento idealista foi inaugurado por Platão. O filósofo grego resume o idealismo no “Mito da Caverna”. Na alegoria, afirma que as sombras do mundo sensorial precisam ser superadas pela luz da verdade universal e da razão.

As críticas ao idealismo platônico ocorrem porque as ideias do pensador grego alcançam o pensamento abstrato. Entre os fatos está a defesa da existência da dualidade na criação, com a existência do corpo e da alma.

A abordagem filosófica do idealismo na Alemanha é retomada por Immanuel Kant (1724 – 1804). Começa na década de 80 do século XVIII e se estende até a primeira metade do século XIX.

A partir do século XIX, o idealismo alemão é abordado por um grupo de filósofos denominados pós-kantianos. Eram Johann Gottlieb Fichte (1762 – 1814), Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1775 – 1854) e Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 1831).

O idealismo transcendental de Kant é fundamentado no fato de o conhecimento não resultar de uma experiência neutra.

Kant atenta para a influência social na razão. O filósofo apontava que cada um enxerga o mundo conforme suas lentes cognitivas. As lentes resultam da influência do meio, da sociedade e do momento histórico.

Hegel, embora defensor do idealismo, criticava as ideias de Kant. O pensador afirma que a transformação da razão e de seus conteúdos é movida pela própria razão. Afirmava que a razão não está na história porque ela é a história.

Uma das principais características do materialismo é sua busca pela explicação dos fenômenos da realidade a partir de condições estritamente concretas e materiais, donde se pode compreender de modo racional as fontes que geram as dinâmicas sociais, históricas, psicológicas, epistemológicas, etc.

Com efeito, o materialismo está em via oposta ao idealismo, o espiritualismo e a metafísica, posto que afirme a primazia da matéria sobre o espírito. Ademais, até mesmo o pensamento seria uma manifestação interior da matéria, permitindo a existência imaterial da consciência, contudo, correlacionada aos fatos e fenômenos de origem material.

Tem especial destaque no materialismo o pensamento marxista de Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), donde o ser humano fundamenta toda sua estrutura econômica e social nas condições materiais de sua existência.

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Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895)

Pelo “Materialismo Dialético”, as mudanças surgem pelo embate entre as forças sociais, como um reflexo da matéria em sua relação dialética com as dimensões psicológica e social, as quais, por sua vez, constituem as forças produtivas e as relações de produção.

Por conseguinte, no “Materialismo Histórico”, os processos históricos seriam uma manifestação do trabalho para satisfazer as necessidades materiais, o que determinaria os modos de produção da vida material, com impactos diretos na vida social, política e espiritual em cada período histórico.

Do ponto de vista do idealista, uma cadeira, por exemplo, precisa primeiro ser concebida em sua mente como vontade, necessidade ou projeto, para depois ser construída, ou seja, para se ter então a ideia executada. Já numa visão materialista de mundo, são as necessidades e experiências no mundo físico que promoverão na mente do homem a ideia de se construir uma cadeira.

Maria Eduarda Reis

REFERÊNCIAS

PORFÍRIO, Francisco. Escolas filosóficas pré-socráticas. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/escolas-filosoficas-pre-socraticas.htm Acesso em: 22/09/2019.

MAGALHÃES, Bruno. Idealismo filosófico. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/idealismo/ Acesso em: 22/09/2019.

LOBO, Bianca. Materialismo. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/materialismo/ Acesso em: 22/09/2019

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